segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

CARTA DO ZÉ COCHILO (da roça) PARA SEU COLEGA LUIZ (da cidade)
 
SÓ RINDO MESMO!!!
Leiam até o final. É interessante e verdadeiro.
 
A carta a seguir - tão somente adaptada por Barbosa Melo -, foi escrita por Luciano Pizzatto que é engenheiro florestal, especialista em direito sócio ambiental e empresário, diretor de Parque Nacionais e Reservas do IBDF-IBAMA 88-89, detentor do primeiro Prêmio Nacional de Ecologia.

Prezado Luis, quanto tempo.
 
 
Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo? Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão e que por isso o sapato sujava. 
 
Se não lembrou ainda, eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite. De madrugada o pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra, né Luis? 
Pois é. Estou pensando em mudar para viver aí na cidade que nem vocês. Não que seja ruím o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos aí da cidade. To vendo todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio ambiente. 
 
Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro de uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança. 
 
Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou, deve ser verdade, né Luís?
Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né ), contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou.
 
Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana, aí não param de fazer leite. Ô, os bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário?
  Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que     devia. Nossa! Eu não sei como encompridar uma cama, só comprando outra, né Luis? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca. 
 
  Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom Luís, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelos fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para acudi-lo.
 
Depois que o Juca saiu, eu e Marina (lembra dela, né? Casei) tiramos o leite às 5 e meia, aí eu    levo o leite de carroça até a beira da estrada, onde o carro da cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.
 
Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos, as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não vai mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luís, aí quando vocês sujam o rio também pagam multa grande, né? 
 
  Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios aí da
 
Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luís? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora! Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.
 
Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vir fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo, aí eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foram os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.
 
  Tô preocupado, Luís, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a cidade, aí tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.
 
  Eu vou morar aí com vocês, Luís. Mas fique tranquilo, vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sitio eu tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe pra levar pra casa. Aí é bom que vocês é só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho, nem plantar, nem cuidar de galinha, nem porco, nem vaca, é só abrir a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nós, os criminosos aqui da roça. 
 
Até mais Luis. 
Ah, desculpe, Luís, não pude mandar a carta com papel reciclado, pois não existe por aqui, mas me aguarde até eu vender o sítio. 
 
(Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desigual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano.)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Aluna gabarita prova da Unesp após descobrir sequência das respostas


Melyna Souza, 17 anos, candidata a uma vaga no curso de Design, gabaritou as 90 questões de múltipla escolha da prova de conhecimentos gerais na primeira fase do vestibular da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).

Durante a prova, a estudante percebeu uma sequência em cada bloco de cinco questões se repetindo em todas as matérias. "Nas últimas dez questões, fiz só uma de cada bloco e completei com a sequência", conta. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Para acertar todas as questões, Melyna contou com uma "ajudinha" da Fundação Vunesp, organizadora do vestibular da Unesp. A prova tem a mesma proporção de alternativas (A, B, C, D e E). Assim, alguém que chutasse a mesma letra na prova inteira, só acertaria 20% das questões.

Em cada grupo de cinco questões, as letras aparecem sem repetição. Nas quatro versões de prova, se um grupo se iniciasse com a alternativa C, as quatro questões seguintes teriam como respostas corretas, respectivamente, as alternativas E, B, A, D. A Vunesp deve concluir nos próximos dias a análise das respostas entregues pelos vestibulandos e se pronunciará sobre possíveis providências. (vi no Terra)


 

Foto: UFJF; www.yahoo.com.br

 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012


ESCOLA KREEN AKARORE 2012 





Dependências da Escola Kreen Akarore de Peixoto de Azevedo.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012



Alimentos que desinflamam


Emagrecer não é fácil (nós sabemos), mas com algumas horinhas de atividades físicas por semana e alimentos certos no seu cardápio tudo pode ficar mais fácil. Que tal colocar no prato alguns alimentos anti-inflamatórios, que deixam seu intestino mais saudável, favorecem no funcionamento do organismo e facilitam no processo da perda de peso (além de deixar a cintura fininha)? A lista é do livro "Dieta Seca Barriga", da editora Abril.


 


           Probióticos - Os microorganismos originados da fermentação do leite auxiliam no controle da obesidade, fortalecem o sistema imunológico e protegem contra o câncer de cólon. Consumir diariamente iogurte e leite fermentados (se não houver nenhuma alergia à proteína do leite ou intolerância à lactose) ajuda a prevenir gases e prisão de ventre, além de melhorar a absorção de vitaminas e minerais.

Mais detalhes Aqui

Fonte:Yahoo. 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

6º Campeonato Fraldinha de Futsal de Peixoto de Azevedo termina com sucesso absoluto

 

O 6º Campeonato Fraldinha de Futsal de Peixoto de Azevedo chegou as suas finais nesta sexta-feira(14) na Vila olímpica 

A Escola Estadual Kreen Akarore foi o dstaque dos jogos conquistando três titulos, Escola Particular Alegria de Aprender, Escola Municipal Dom Helder e Escola Municipal Vida e Esperança do Distrito União do Norte com um titulo cada.

A Secretaria Municipal de Esportes de Peixoto de Azevedo organizou o evento com o total apoio da prefeitura municipal e a Secretaria do estado de Esportes e Lazer - SEEL. 





Mais detalhes clique Aqui


Fonte:http://www.esportedepeixoto.com
 Lenilton Mardine

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Ideb

 

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. O indicador é calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do Inep e em taxas de aprovação. Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a sala de aula.

Para que pais e responsáveis acompanhem o desempenho da escola de seus filhos, basta verificar o Ideb da instituição, que é apresentado numa escala de zero a dez. Da mesma forma, gestores acompanham o trabalho das secretarias municipais e estaduais pela melhoria da educação.

O índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do alcance das metas municipais e estaduais, tenha nota 6 em 2022 – correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos.

 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Linux Educacional 4.0  Adote essa ideia!

                                              Banner LE 4.0 from Uanderson Coelho